Terminal Civil de Beja contará com unidade industrial

 

A ANA Aeroportos de Portugal (Grupo VINCI Airports) e a AeroNeo formalizaram hoje, 31 de julho, a assinatura de uma Licença de Ocupação que visa a construção e exploração de uma unidade industrial no Terminal Civil de Beja, destinada à manutenção, desmantelamento e certificação de componentes recuperáveis de aeronaves. 

Esta cerimónia contou com a presença do Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, do Presidente da ANA, Jorge Ponce de Leão e do Managing Partner da AeroNeo, Dominique E. Verhaegen.

A empresa AeroNeo SA, com sede em Portugal, tem em curso um aumento de capital para 1 milhão de euros e é participada pela suiça GreenParts Holding SA, que detém um capital social de 6 milhões de francos suiços.

O projeto que a AeroNeo irá desenvolver no Terminal Civil de Beja baseia-se no conceito GreenParts 95, tendo por objetivo a valorização de ativos aeronáuticos por via da gestão integral de aviões em fim de vida no qual a manutenção, o desmantelamento, o reaproveitamento e a reciclagem são assumidos como elos de cadeias integradas, no respeito pelas melhores práticas ambientais

O investimento programado nesta nova unidade industrial, que será implantada numa área de 7.500 m2, ascende a cerca de 8 milhões de euros. Na sua fase de exploração poderá proporcionar a criação de cerca de 80 postos de trabalho diretos.

A AeroNeo prevê um ritmo de crescimento sustentado para a unidade industrial,  que deverá desmantelar cinco aviões no primeiro ano e atingir os 18 no quarto ano, altura em que poderá aproximar-se de uma faturação prevista superior a 32 milhões de euros. De referir que os modelos usualmente desmantelados são AirBus  319-320  e  Boeing 737.

A unidade, que se prevê entrar em funcionamento pleno dentro de três anos, irá responder à procura de soluções num mercado em crescimento, prevendo a AeroNeo que serão gradualmente retirados de operação cerca de 12.500  aviões nos próximos 15 anos.

Este projeto estruturante, com um significativo impacto na região do Alentejo, comprova a eficácia da estratégia que a ANA tem seguido ao apostar na componente industrial tendo em vista o desenvolvimento sustentado do Terminal Civil de Beja e da Região que serve.